Desde
o inicio da colonização passando pela República e atualmente a preocupação com
a educação escolar indígena permeia o ideal brasileiro, praticada de inicio
pelos Jesuítas e, posteriormente embasada pelas leis, por profissionais da área
da educação, mas o que na teoria é perfeito, não o é na prática, a lei não está
sendo cumprida quando se coloca em pauta a educação indígena no Brasil.
A
idéia de não ingerência na cultura indigenista é uma mentira, porque desde a
colonização, no momento em que se faz o primeiro contato já se estava
interferindo no modo de viver do índio. O “homem branco” é que dita as regras,
imobilizando o desenvolvimento social e cultural dos nativos, atualmente o que
se ouve é que eles devem ou deveriam viver da mesma forma que foram “encontrados”
há 500 anos, isso não cabe num mundo em transformação global, tanto tecnológico
quando humanitário, onde o Imperialismo toma conta e invade os quatro cantos.
Imaginar
o nativo vivendo na floresta, no século XXI, caçando, pescando e cuidando de
sua saúde naturalmente, após 510 anos é uma palhaçada, e se isso não é
interferência do “homem branco”, então mudaram o significado do conceito.
A
educação em si já é um modo de domesticar, tendo em vista que é através da
educação que se tenta construir um cidadão, ou seja, a escola é um produto da
sociedade, para a sociedade. Segundo Da Silva, “as escolas tradicionais Astecas
formavam sacerdotes e guerreiros porque a sociedade Asteca dependia de
sacerdotes e guerreiros para o seu funcionamento e sua continuidade”. Sendo
assim, escolas numa aldeia são como porta de saída de suas comunidades. Assim
como escolas não indígenas produzem médicos, advogados, técnicos e, outros
profissionais, porque a sociedade depende destes, é ingênuo pensar que as
escolas dentro de uma aldeia não fará o mesmo e, é esta uma das preocupações de
organizações atualmente, reverter o êxodo das populações indígenas, mas como
apagar da memória o já conhecido ou vivido.
A
escola direcionada ao indígena deve ser mantida, mas com uma política
integracionista, onde todos tenham direitos e deveres, ou seja, igualdade a
todos os brasileiros.
Bibliografia
Artigo.
DA SILVA, F. Marcio. A conquista da escola: educação escolar e movimentos de
professores indígenas no Brasil. Brasília, ano 14, n.63, jul./set. 1994.
Nenhum comentário:
Postar um comentário