segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Educação Escolar Indígena


Desde o inicio da colonização passando pela República e atualmente a preocupação com a educação escolar indígena permeia o ideal brasileiro, praticada de inicio pelos Jesuítas e, posteriormente embasada pelas leis, por profissionais da área da educação, mas o que na teoria é perfeito, não o é na prática, a lei não está sendo cumprida quando se coloca em pauta a educação indígena no Brasil.
A idéia de não ingerência na cultura indigenista é uma mentira, porque desde a colonização, no momento em que se faz o primeiro contato já se estava interferindo no modo de viver do índio. O “homem branco” é que dita as regras, imobilizando o desenvolvimento social e cultural dos nativos, atualmente o que se ouve é que eles devem ou deveriam viver da mesma forma que foram “encontrados” há 500 anos, isso não cabe num mundo em transformação global, tanto tecnológico quando humanitário, onde o Imperialismo toma conta e invade os quatro cantos.
Imaginar o nativo vivendo na floresta, no século XXI, caçando, pescando e cuidando de sua saúde naturalmente, após 510 anos é uma palhaçada, e se isso não é interferência do “homem branco”, então mudaram o significado do conceito.
A educação em si já é um modo de domesticar, tendo em vista que é através da educação que se tenta construir um cidadão, ou seja, a escola é um produto da sociedade, para a sociedade. Segundo Da Silva, “as escolas tradicionais Astecas formavam sacerdotes e guerreiros porque a sociedade Asteca dependia de sacerdotes e guerreiros para o seu funcionamento e sua continuidade”. Sendo assim, escolas numa aldeia são como porta de saída de suas comunidades. Assim como escolas não indígenas produzem médicos, advogados, técnicos e, outros profissionais, porque a sociedade depende destes, é ingênuo pensar que as escolas dentro de uma aldeia não fará o mesmo e, é esta uma das preocupações de organizações atualmente, reverter o êxodo das populações indígenas, mas como apagar da memória o já conhecido ou vivido.
A escola direcionada ao indígena deve ser mantida, mas com uma política integracionista, onde todos tenham direitos e deveres, ou seja, igualdade a todos os brasileiros. 

Bibliografia

Artigo. DA SILVA, F. Marcio. A conquista da escola: educação escolar e movimentos de professores indígenas no Brasil. Brasília, ano 14, n.63, jul./set. 1994.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Reconhecimento será que isso vai acontecer ......?

Gazeta do Povo
Guarani pode se tornar língua oficial do Mercosul 

FOZ DO IGUAÇU

Considerado o primeiro idioma oficial das Américas, o guarani é falado atualmente por cerca de 15 milhões de paraguaios, argentinos, brasileiros e bolivianos. Tamanha representatividade fez com que a Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Esportes do Parlamento do Mercosul aprovasse a recomendação de que o guarani receba o título de idioma oficial do Mercosul. Caso a proposta seja aceita também pelo Conselho do Mercado Comum (CMC), a língua de origem indígena e sistematizada pelos jesuítas a partir do século 16 terá o mesmo peso que o português e o espanhol. Para começar a ser aplicada, a proposta ainda precisa passar pelo Plenário do Parlamento do Mercosul. Depois de adotada e em vigor, todos os documentos e pronunciamentos em eventos do bloco deverão ser traduzidos também para o guarani. Segundo o autor da proposta, o deputado paraguaio Héctor Lacognata, a mudança daria maior visibilidade ao idioma nacional que no país vizinho compõe obrigatoriamente o currículo escolar desde 1992. A presença do guarani é tão forte na educação paraguaia, lembra o parlamentar, que muitos políticos poderiam se expressar melhor usando a língua materna. No Paraguai, o guarani – desde 1995 reconhecido pelos ministros de Educação e Cultura dos países do Mercosul como língua histórica do bloco –, faz parte do dia-a-dia de 85% da população. Jornais, noticiários de TV, placas indicativas e as conversas diárias estão recheados de expressões típicas. E, em algumas regiões, o idioma tem mais importância que o próprio espanhol. O indigenista Francisco Amarilla Barreto explica que onde a tradição indígena é mais forte, o guarani tem lugar de destaque e o espanhol só é usado com os que vêm de fora ou quando não há palavra correspondente no vocabulário nativo. “O guarani por muito tempo foi marginalizado. No tempo da ditadura, era proibido ser falado. Hoje, é obrigatório nas escolas. Por isso, quem fala e escreve o guarani deve ter muito orgulho desta língua que deveria ser oficial não só no Paraguai, mas em toda a América do Sul”, defende o indigenista, ao lembrar que a influência do idioma pode ser observada principalmente no nome de cidades e estados como Paranaguá, Paraná e Pará, assim como na maioria dos rios que cortam o território brasileiro, a exemplo do Iguaçu e do Piquiri. Guaranhol De raiz distinta do português e do espanhol, o guarani soa estranho aos ouvidos de muitos brasileiros. Na fronteira entre Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, e Ciudad del Este, o convívio com os paraguaios ajuda a gravar algumas palavras e frases prontas, o que fez surgir o chamado “guaranhol”. A universalização da língua, no entanto depende da inclusão na grade escolar. Essa parte do processo, ainda deve levar algum tempo, já que no Brasil o uso do espanhol na rede pública de ensino começou a ser incentivado em 2005 – amparado por uma lei federal que prevê prazo de implantação até 2010. Os parlamentares reconhecem que a adoção da língua, mesmo que apenas restrito às atividades de trabalho do bloco, seria difícil, mas não impossível. Do lado dos entusiastas da idéia, o deputado paraguaio Nelson Alderete afirma que o guarani é uma língua viva e um elemento de integração. “Vamos resgatar nossa identidade a partir de nossa cultura original”, reforçou. O também paraguaio deputado Ricardo Canese lembrou que uma pesquisa feita no período eleitoral indicou que 62% dos entrevistados gostariam que o presidente se dirigisse ao povo em guarani.
10/03/2009 | 03:02 | Fabiula Wurmeister, da sucursal   

Uma bela ideia,
Nos que estamos na fronteira, 
temos uma esperança a UNILA,
 espero que ela crie uma disciplina,
e talvés assim possamos aprender o guarani.
 
ADRIANA 

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sagrada escritura dos violeiros

A defesa é natural, cada qual para o que nasce, cada qual com sua classe, seus estilos de agradar, um nasce pra trabalhar, outro nasce para a briga, outro vive de intriga, outro de negociar, outro vive de enganar, o mundo só presta assim!!, é um bom outro ruim, e outro tem jeito pra dar, pra acabar de completar, quem tem mel dá o mel, quem tem o fel dá o fel e, quem não tem nada, nada dá.
ZÉ RAMALHO