BRUXAS, UM MITO MEDIEVAL

        Sentimento de insegurança foi o que constituiu medos reais, também as guerras, fomes e epidemias foram causas de uma verdadeira psicose coletiva, arraigada nos espíritos da sociedade, onde os bruxos e bruxas tornaram-se vitimas perfeitas da época medieval. (Colette Arnould).
         Uma construção mitológica no imaginário de uma sociedade dominada pela Igreja, que demonizava o que toasse herético, como rituais que ao longo dos séculos foi associado a bruxarias, gerando duras repressões, sendo as maiores vitimas mulheres e, estas, velhas, viuvas e feias. (Carlos Roberto F. Nogueira). No finaal do século XVII, a sociedade perguntava se o caso não tinha mais a ver com hospício do que com a fogueira. Pois, em um dos processos onde Brinvilliers é acusada, ela confessa os motivos que a levou a envenenar seu pai e seus dois irmãos, foi à ambição pela herança familiar, mesmo assim os juízes não acreditaram numa "suposta" doença e sim em feitiçarias, sendo o veredicto; decapitar e queimar a "bruxa". (Claude Pasteur).
          A feitiçaria era conciderada um crime contra Deus, e os hereges condenados a penas violentas. (Jean Verdan). A sentença nunca falava em inocência, mesmo quando nada tinha sido provado legalmente e, cedo ou tarde o acusado (a) acabava na fogueira. (Colette Arnould). Associava-se a magia popular à heresia, acrescentando o crime religioso, foeçando os tribunais laicos à punição. Os intelectuais da época tinham conhecimento do ser imaginário, mas o povo da região falava como se as bruxas existiam de fato, atribuíam tal crendice a pessadelos, estes não aceitos pela Igreja que pregava sendo os sonhos contrarios a fé. E o clero não fazia distinção entre feiticeiros, bruxas ou damas da noite, e os inquisidores continuavam na perseguição pregando que todos os hereges deveriam ser julgados e punidos. (Claude Gauvard). Em Salém, o medo e a intolerância tiveram inicio com a disputa e a inveja que predominava certa parcela da sociedade, um dos grupos se mostrava prospero e não interessado pela bíblia, mas apresentando algum tipo de distúrbio ou possessão a população era convencida de que se tratava de um ataque satânico e era acusado de bruxos ou vitimas de Satanás. (Liliane Crété). Após certo período de tolerância as superstições se desenvolveram no inicio da era moderna e só no final do século XVII foi acalmada.(Claude Gauvard). Depois de muita violência Phips, em uma das reuniões aconselhou-se com pastores que declaravam não apoiar mais os julgamentos e deram a entender que talvez Satanás estivesse levando inocentes as condenações. Algum tempo depois uma carta foi lida no púlpito das paróquias pedindo perdão publicamente aos prisioneiros libertados e as famílias dos que haviam sido executados.(Liliane Crété).
          Nos textos analisados percebe-se a intolerância e a incompreensão para com as pessoas, onde se jugava e condenava a forca e a fogueira, pode-se afirmar que em muitos casos a Igreja foi a maior culpada das atrocidades praticadas e, também criadora de de mitos e dogmas religiosos, já que muitas obras existentes sobre bruxarias, foram escrito por padres. Uma vez que, a feitiçaria só passou a ser condenada quando se tornou uma ameaça à Igreja.

Bibliografia dos textos analisados, Revista VEJA.
ADRIANA REZNER